Hoje, 23 de setembro, escrevo para lembrar a potência das línguas de sinais e sua presença no Brasil: nesta data a comunidade surda do mundo celebra o Dia Internacional das Línguas de Sinais.
Essa data foi proclamada pela ONU em 2017 e escolhida para coincidir com a fundação da World Federation of the Deaf, em 23 de setembro de 1951. A iniciativa busca aumentar a visibilidade das línguas de sinais, reconhecer sua importância para os direitos humanos e promover inclusão plena.
No Brasil, a Língua Brasileira de Sinais — Libras — foi reconhecida por lei em 2002 (Lei nº 10.436) e regulamentada pelo Decreto nº 5.626/2005. Esses marcos tornaram pública a necessidade de educação bilíngue, intérpretes qualificados e acesso a serviços em Libras.
Curiosidades: Libras tem variações regionais e é uma língua visual-gestual com gramática própria. Intérpretes em eleições, transmissões televisivas e atendimentos públicos traduzem experiências que seriam inacessíveis sem acessibilidade linguística.
Escrevo em primeira pessoa porque acredito que lembrar dessas histórias é um gesto de responsabilidade coletiva. Ao reconhecer Libras, reconhecemos pessoas, histórias e direitos.
Que este dia nos convide a ouvir com olhos, a aprender com as mãos e a construir espaços verdadeiramente acessíveis. A inclusão começa quando afirmamos: todos têm o direito de ser compreendidos.
Fontes: ONU | Planalto – Lei nº 10.436/2002 | Planalto – Decreto nº 5.626/2005